AddVolt vai produzir energia para camiões em Espanha e Alemanha
A AddVolt, startup portuguesa que desenvolveu um dispositivo para produzir energia em camiões, vai entrar em 2017 em Espanha e Alemanha. Isto será possível depois de a startup incubada no UPTEC (Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto) ter recebido um investimento em fase seed (semente).
Em Espanha, a AddVolt já tem “contactos com transportadoras e distribuidores”, que vão começar a ser trabalhados. “Em abril arranca um projeto-piloto com uma transportadora, que vai testar a nossa tecnologia”, adianta Bruno Azevedo, CEO, em declarações ao Dinheiro Vivo. Na Alemanha, a startup já conta com um distribuidor. “A expetativa é ter, a partir de junho, a tecnologia a circular a bordo dos camiões.” Nestes países há cidades com fortes restrições ao nível das emissões de dióxido de carbono e do ruído, que têm levado à eletrificação dos transportes.
A AddVolt desenvolve o WeTruck, produto amigo do ambiente direcionado a empresas de logística e transporte de produtos e que produz energia a partir de painéis fotovoltaicos instalados no topo dos camiões e que recupera energia durante as travagens e desacelerações do veículo.
Nesta ronda de investimento participaram a Portugal Ventures, a empresa de investimento alemã Abacus alpha e o veículo de investimento alemão Momentum Holding. Para breve também está prevista a entrada no capital da associação europeia de promoção de investimento InnoEnergy e que investe habitualmente em startups. Estes investidores juntam-se à 2bpartner, que está no capital desde a fundação da startup, em junho de 2014.
Para o líder da Portugal Ventures, Celso Guedes de Carvalho, “o investimento da sociedade de capital de risco na AddVolt foi motivado pela sua tecnologia diferenciadora – já validada por um grande cliente nacional (a Luís Simões) – e pelo seu elevado potencial de aplicação internacional, numa altura em que a redução do uso de combustíveis fósseis e a aposta numa utilização eficiente dos recursos energéticos são determinantes”, segundo nota enviada às redações.
Não foi relevado o montante da operação mas sabe-se os quatro fundadores da empresa (Bruno Azevedo, Ricardo Soares, Miguel Sousa e Rodrigues Pires), adiantou ao Dinheiro Vivo o CEO, Bruno Azevedo. A AddVolt foi uma das 67 startups que representaram oficialmente Portugal durante a última Web Summit.
Notícia publicada em Dinheiro Vivo.
Cama de cultivo ganha acesso a 50 mil euros
A Noocity Growbed, uma cama de cultivo com um sistema de auto-rega integrado , venceu o último Pitch Day da Escola de Startups do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC).
Uma solução que permite aos cidadãos urbanos cultivar alimentos, de forma sustentável, em plena cidade, venceu o último "Pitch Day" da Escola de Startups do UPTEC.
A Noocity terá agora direito a incubar a o seu negócio em regime "cowork" no UPTEC e acesso directo à ronda de investimento da Red Angels, com montantes até 50 mil euros.
A ideia de negócio vencedora chama-se Noocity Growbed e é uma cama de cultivo com um sistema de sub-irrigação (auto-rega) integrado. "Com uma autonomia de três semanas, diminui consideravelmente a evaporação, a frequência da rega e permite reter água das chuvas, ajudando ao consumo até 80% menos água que uma horta convencional e possibilitando quase o dobro da produtividade. Por ser modular, pode ser utilizada individualmente ou em conjunto, permitindo várias configurações de horta e adaptando-se a diferentes tipos de espaço", de acordo com a descrição elaborada por esta "startup".
A Noocity - Ecologia Urbana é uma "startup" luso-brasileira focada no desenvolvimento de equipamentos eficientes para a agricultura urbana, que trabalha no sentido de "oferecer alternativas aos cidadãos urbanos para que possam cultivar alimentos, de forma sustentável, em plena cidade".
Apresentar um total de 21 ideias de negócio em 180 segundos era o desafio de 30 empreendedores presentes no Pitch Day do UPTEC, tendo sido ainda atribuídas três menções honrosas: tecnológica, criativa e bio/mar.
Na área tecnológica, foi seleccionado o Quant-UX, um "software" para desenvolvimento de design de interface gráfica, que se diferencia porque combina três factores: design, testes e análise de dados.
Na categoria das criativas, o preferido foi o Iguaneye, "startup" que criou um novo conceito de calçado: uma dupla pele protectora que cobre todas as partes do pé, permitindo caminhar confortavelmente em qualquer lugar - como se andasse descalço.
Já na área bio/mar, o júri seleccionou o All in Surf, um sistema de aquisição de dados de navegação aquática aplicada ao surf que permite medir e avaliar comportamentos físicos e biomecânicos do atleta.
A Vodafone, uma das apoiantes desta iniciativa, seleccionou, também, dois projectos para integrarem o programa Vodafone Power Lab: a Quant-UX e a Zarco, uma app para ligar os turistas a uma rede de guias locais.
As candidaturas para a próxima edição da Escola de Startups do UPTEC (www.escoladestartups.org), programa de "mentoring" e formação de três meses que visa acelerar ideias de negócio, abrirão no próximo mês.
Notícia publicada em Jornal de Negócios.
Um tecido que guarda energia. E que ganha o prémio de startups do UPTEC
WeStoreONTEX, um projeto que pretende desenvolver tecidos capazes de armazenar energia, ganhou o concurso Pitch Day da Escola de Startups do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), que teve lugar ontem na Faculdade de Medicina do Porto.
Durante o pitch, os três mentores do projeto que tem vindo a ser trabalhado nos laboratórios do UPTEC mostraram um protótipo de tecido que permitiu manter em funcionamento sensores de temperatura e humidade e ainda um painel de LED.
A oitava edição do Pitch Day da Escola de Startups do UPTEC levou ao “palco” 17 startups, que tinham apresentar as respetivas ideias de negócio em 180 segundos. O WeStoreONTEX ganhou o direito à incubação do respetivo negócio no UPTEC, bem como a consultoria jurícia e um tablet Surface Pro, da Microsoft.
Além do projeto vencedor foram atribuídas três menções honrosas para as áreas criativas, tecnológica e biotecnologia. A produtora audiovisual Frame ganhou a menção honrosa dedicada para a área criativa com uma proposta de realização de vídeos institucionais em formato de ficção; na área das tecnologias, a menção honrosa foi atribuída à Oko, um agregador de fontes de notícias que apresenta previsões de sucesso; e por fim, na biotecnologia, foi a SurgeonMate distinguida por ter desenvolvido uns óculos que estão aptos a registar atos cirúrgicos.
De registar ainda que o Vodafone Power Lab selecionou dois projetos para incubação: uma plataforma que facilita a gestão de festas e que dá pelo nome de Night Out; e ainda ferramenta Vaiivem que pretende facilitar a comunicação entre professores e pais crianças.
Ao longo de oito edições, mais de 150 projetos de negócio e 450 passaram pelos quatro meses de formação da Escola de Startups do UPTEC.
No auditório da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que albergou a apresentação das ideias de negócio, compareceram mais de 350 pessoas. Mais de 50 dos espetadores seriam investidores, mas Clara Gonçalves, diretora-executiva do UPTEC, recorda que, na maioria dos casos, o objetivo principal «não é tanto angariar investimentos, mas beta testers, que possam experimentar as soluções do ponto de vista tecnológico e de negócio».
A diretora executiva do UPTEC considera que, de edição para edição da Escola de Startups, tem havido uma melhoria da qualidade e do posicionamento dos projetos face ao mercado. Pelo que a própria Escola de Startups também deverá vir a registar uma evolução nos tempos mais próximos: «Queremos ter uma dimensão maior, que passa por ter mais parceiros e chegar a mais áreas científicas e tecnológicas. Queremos apostar também em mais projetos que estejam mais próximos da fase de investigação e desenvolvimento e da produção de conhecimento. E outro dos objetivos passa por dar uma dimensão cada vez mais internacional à Escola de Startups».
Notícia publicada em Exame Informática.