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O estúdio de arte e arquitetura FAHR 021.3, incubado na UPTEC — Parque de Ciência e Tecnologia da U. Porto, criou uma instalação artística para o Patina Maldives Hotel, um hotel de luxo situado nas Maldivas.

O estúdio de arte e arquitetura FAHR 021.3, incubado na UPTEC — Parque de Ciência e Tecnologia da U. Porto, criou uma instalação artística para o Patina Maldives Hotel, um hotel de luxo situado nas Maldivas. O convite surgiu de uma galeria de arte sediada em Singapura e Shangai, que escolheu três artistas de todo o mundo para criarem peças artísticas que integrassem o novo hotel.

 

“Esta é uma peça com um grau de detalhe e elegância notáveis. Toda a produção da peça demorou, aproximadamente, dois anos e foi pensada até ao mais pequeno pormenor. O resultado tinha que ser mais do que matéria, produzindo um pequeno espaço de extrema leveza e movimento inesperados.” afirma Hugo Reis, cofundador do estúdio de arte e arquitetura, que acrescenta que “ao longo dos últimos anos o nosso trabalho tem vindo a crescer num sentido muito experimental em torno do comportamento humano com o meio em que se insere. Assim, esta obra resulta num exercício geométrico de grande simplicidade que gera a oportunidade de múltiplas relações com a paisagem.”

 

A peça integra, ainda, um conjunto de outras trabalhos de arte concebidos para a ilha e para o hotel. O arquiteto brasileiro Marcio Kogan, do estúdio MK27, desenhou, também, uma peça artística cuja objetivo é romper com a imagem criada da arte como decoração em ambientes paradisíacos. O projeto do Patina Maldives Hotel tem, agora, uma exposição de diferentes trabalhos em contextos muito específicos, que permitem que o espaço seja um motor de novas dinâmicas e experiências que ampliam a relação do Homem com o lugar.

 

Uma colaboração estreita entre o FAHR 021.3 e a Secil PreBetão deu origem a uma peça pré-fabricada em betão branco com características muito específicas e adaptadas ao meio onde, mais tarde, viria a ser instalada. A peça foi totalmente produzida em Portugal e apenas depois transportada para as Maldivas.

 

As condições de trabalho na ilha foram a grande dificuldade encontrada pelos portugueses ao longo de todo este processo. “Trata-se de um lugar muito remoto e com acesso muito condicionado a maquinarias e materiais que para nós são dados como adquiridos de uma hora para a outra. Ali tudo demorava um par de semanas e tivemos mesmo que nos saber adaptar a essa condição.” relembra Hugo Reis.

 

A galeria de arte — que trabalha geralmente em curadoria e comissariado para hotéis e espaço público — selecionou o FAHR 021.3 com base nos trabalhos do estúdio, nomeadamente o LOOP, criado para o jardim da UPTEC Asprela I. Além do estúdio português, foram também selecionados nomes com James Turrel, Hongje Yang e Marcio Kogan.