Shoevenir cria sneakers sustentáveis inspirados em cidades portuguesas

A Shoevenir, startup incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, acaba de lançar uma coleção de sneakers sustentável e vegan. Produzida em Portugal, a coleção alia turismo, arte e sustentabilidade, ao mesmo tempo que retrata o Porto, Lisboa, Madeira, Açores e Algarve.

 

Criada por dois amigos de infância – Gonçalo Marques e Miguel Lopes – , a Shoevenir utiliza materiais amigos do ambiente, como cortiça reciclada, pele sintética e uma sola 100% reciclável. Ainda assim, para compensar a pegada carbónica da produção, a marca planta uma árvore por cada par vendido. “Queremos continuar a ter memórias incríveis no nosso planeta, por isso colocamos a sustentabilidade no centro de tudo. Isso significa melhores materiais, processos e sneakers mais duradouros e versáteis.”, destaca o cofundador Gonçalo Marques.

 

Da primeira coleção da Shoevenir fazem parte seis sneakers: Porto, Lisboa, Madeira, Açores, Algarve e Cloud. Cada modelo, através das suas cores e detalhes, estabelece uma conexão com a região que retrata. Já o Cloud, completamente branco, foi desenhado para todos aqueles que querem criar a sua própria memória ou simplesmente adotar um look mais clean.

 

“A Shovenir quer que as memórias de um determinado lugar fiquem imortalizadas num sneaker, que façam relembrar locais, pessoas e histórias. Para isso, convidamos alguns dos melhores artistas nacionais no campo do street art, artes plásticas e design, a criarem uma ilustração para cada lugar”, afirma o confundador da startup.  Posteriormente, a ilustração criada pelo artista é aplicada no interior do sneaker e nos produtos complementares.

 

A ideia surgiu no final de 2019, quando os fundadores – formados em Gestão e Design – quiseram criar a lembrança ideal de uma viagem. Com a marca registada em Portugal e na União Europeia, e depois terem encontrado a fábrica JOVAN como parceiro de produção, a equipa começou a desenvolver a ideia. Em 2020, foram selecionados para o programa StartUP Voucher, para o Tourism Explorers, coorganizado pelo Turismo de Portugal, e para a Escola de Startups da UPTEC.

 

A partir de 15 de setembro, a marca vai lançar a campanha de crowdfunding na plataforma Indiegogo. Cada modelo terá o preço de 119,00€, mas o custo dos primeiros 100 pares em pré-encomenda será de 75,00€. As pré-reservas já podem começar a ser feitas no website da marca portuguesa.


KULT recebe investimento de quase 100 mil euros

A KULT, uma startup incubada na UPTEC — Parque de Ciência e Tecnologia da U. Porto, recebeu um investimento de quase 100 mil euros do fundo Grant for the Web. O capital vai ser usado para desenvolver o modelo de negócio da empresa, que pretende remunerar com micropagamentos os criadores e curadores de conteúdo.

 

Fundada por Patrick Rahy, Diogo Cordeiro, Phablulo dos Santos e Helena Tude, Kult é a primeira plataforma social para descobrir e recomendar filmes, séries, músicas, podcasts e livros. Nesta comunidade digital de amantes da cultura, os utilizadores podem partilhar conteúdos e organizá-los numa galeria digital.

 

“O nosso objetivo é construir uma plataforma feita por pessoas, acima de algoritmos. Incentivamos a troca cultural e valorizamos a curadoria humana.”, afirma Patrick Rahy, CEO da Kult, relembrando também que a plataforma está baseada “na valorização da cultura, na curadoria humana e na diversidade e inclusão”.

 

O investimento na startup foi realizado pelo fundo Grant for the Web — cofinanciado pela Creative Commons, Mozilla e Coil —, que tem como objetivo criar modelos de negócio inovadores na internet através de micropagamentos entre pessoas, com especial foco em criadores e curadores de conteúdo. Através da tecnologia Web Monetization, os utilizadores da Kult vão, em breve, poder realizar micropagamentos a partir de 0,0001€.

 

Além da aposta na nova tecnologia de micropagamentos, o valor do investimento vai ser também utilizado para contratação de recursos humanos e criação parcerias com influencers e críticos culturais.

 

A KULT, uma startup incubada na UPTEC, recebeu um investimento de quase 100 mil euros do fundo Grant for the Web.


FAHR 021.3 instala peça artística em hotel de luxo nas Maldivas

O estúdio de arte e arquitetura FAHR 021.3, incubado na UPTEC — Parque de Ciência e Tecnologia da U. Porto, criou uma instalação artística para o Patina Maldives Hotel, um hotel de luxo situado nas Maldivas. O convite surgiu de uma galeria de arte sediada em Singapura e Shangai, que escolheu três artistas de todo o mundo para criarem peças artísticas que integrassem o novo hotel.

 

“Esta é uma peça com um grau de detalhe e elegância notáveis. Toda a produção da peça demorou, aproximadamente, dois anos e foi pensada até ao mais pequeno pormenor. O resultado tinha que ser mais do que matéria, produzindo um pequeno espaço de extrema leveza e movimento inesperados.” afirma Hugo Reis, cofundador do estúdio de arte e arquitetura, que acrescenta que “ao longo dos últimos anos o nosso trabalho tem vindo a crescer num sentido muito experimental em torno do comportamento humano com o meio em que se insere. Assim, esta obra resulta num exercício geométrico de grande simplicidade que gera a oportunidade de múltiplas relações com a paisagem.”

 

A peça integra, ainda, um conjunto de outras trabalhos de arte concebidos para a ilha e para o hotel. O arquiteto brasileiro Marcio Kogan, do estúdio MK27, desenhou, também, uma peça artística cuja objetivo é romper com a imagem criada da arte como decoração em ambientes paradisíacos. O projeto do Patina Maldives Hotel tem, agora, uma exposição de diferentes trabalhos em contextos muito específicos, que permitem que o espaço seja um motor de novas dinâmicas e experiências que ampliam a relação do Homem com o lugar.

 

Uma colaboração estreita entre o FAHR 021.3 e a Secil PreBetão deu origem a uma peça pré-fabricada em betão branco com características muito específicas e adaptadas ao meio onde, mais tarde, viria a ser instalada. A peça foi totalmente produzida em Portugal e apenas depois transportada para as Maldivas.

 

As condições de trabalho na ilha foram a grande dificuldade encontrada pelos portugueses ao longo de todo este processo. “Trata-se de um lugar muito remoto e com acesso muito condicionado a maquinarias e materiais que para nós são dados como adquiridos de uma hora para a outra. Ali tudo demorava um par de semanas e tivemos mesmo que nos saber adaptar a essa condição.” relembra Hugo Reis.

 

A galeria de arte — que trabalha geralmente em curadoria e comissariado para hotéis e espaço público — selecionou o FAHR 021.3 com base nos trabalhos do estúdio, nomeadamente o LOOP, criado para o jardim da UPTEC Asprela I. Além do estúdio português, foram também selecionados nomes com James Turrel, Hongje Yang e Marcio Kogan.


SUMMARY é um dos 20 melhores novos ateliers de arquitetura

O estúdio de arquitetura SUMMARY foi um dos 20 selecionados pela ArchDaily como “Best New Practices of 2021”. O conceituado website internacional de arquitetura distinguiu a empresa graduada da UPTEC — Parque de Ciência e Tecnologia da U. Porto entre estúdios de todo o mundo.

 

O júri da competição, composto por 16 especialistas internacionais, escolheu, além da SUMMARY, uma outra empresa com representação portuguesa: a IlLab. A organização refere que “a necessidade de mudança, combinada com a rápida digitalização da indústria, colocou a arquitetura à beira de uma grande revolução”, e que os vencedores “são os catalisadores dessa mudança”.

 

Enquanto procura um equilíbrio entre o pragmatismo e o experimentalismo, a SUMMARY desenvolve projetos e sistemas construtivos que têm a otimização do tempo e dos recursos físicos como tema central. O desafio do estúdio é tornar a construção um ato cada vez mais simples, que responda às exigências impostas pela arquitetura contemporânea. A SUMMARY tem desenvolvido soluções arquitetónicas através da tecnologia de pré-fabricação.

 

Esta não é a primeira distinção internacional do estúdio fundado por Samuel Gonçalves. A SUMMARY já venceu o prémio AZ Award, com um edifício modular construído em Vale de Cambra, e em 2020 foi “Emerging Architect of the Year”, pela revista Dezeen.

 

Criado em 2015, o estúdio de arquitetura SUMMARY deu os seus primeiros passos na UPTEC. Hoje, é já uma empresa graduada do Parque de Ciência e Tecnologia da U. Porto, que foi distinguida pela ArchDaily como uma das “Best New Practices of 2021”.


UPTEC organiza Escola de Startups para Investigadores aprenderem a criar negócios a partir de investigações

A UPTEC — Parque de Ciência e Tecnologia da U. Porto, no âmbito do projeto europeu INVENTHEI, promoveu uma Escola de Startups para Investigadores de Doutoramento. A iniciativa contou com 38 estudantes do Programa Doutoral de Química Sustentável da Faculdade de Ciências da U. do Porto (FCUP), da Universidade Nova de Lisboa (UNL) e do Programa Doutoral de Engenharia Química e Biológica da Faculdade de Engenharia (FEUP) e Faculdade de Farmácia da U. Porto (FFUP).

 

O programa decorreu 100% online e teve como objetivo promover competências de empreendedorismo que melhorem a capacidade dos jovens empreendedores de estruturar e implementar ideias de negócios. Ao longo da semana, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer CEOs de startups e empresas consolidadas, além de momentos de mentoria com especialistas da UPTEC e empresários convidados. Além disso, a iniciativa terminou com uma sessão de pitch presencial, onde os participantes receberam feedback do projeto, da apresentação e sobre o que devem melhorar.

“O programa da Escola de Startups para Investigadores consiste numa semana intensiva que procura dotar os investigadores de ferramentas para conseguirem estruturar uma ideia de negócio e, assim, começarem a pensar em transpor as suas investigações para o mercado. Com esse objetivo, cada dia é dedicado a um tema: ideação, modelo de negócio, propriedade intelectual, estrutura de pitch e comunicação em público.” afirma Maria Oliveira, Diretora de Negócios da UPTEC.

Já Gil Gonçalves, professor na Faculdade de Engenharia e coordenador do INVENTHEI, assegura que “a Escola de Startups para Investigadores tem um papel importante na formação dos nossos investigadores. Cada vez mais é fundamental que quem investiga tenha não só competências técnico-científicas de excelência, mas também sensibilidade para a valorização dos resultados de investigação.”, enquanto relembra que “nem todos vão ser empreendedores e criar a sua empresa, ou talvez até nenhum, mas têm agora as competências que lhes permitem não só para explorar essa possibilidade como a colaborar ativamente com o mundo empresarial.”

 

“A verdade é que este foi um ótimo grupo de trabalho e que aprendi muito sobre os temas de cada sessão.” é o testemunho de um dos estudantes, enquanto “a disponibilidade dos oradores para nos ajudar foi fantástica” foi uma das outras partilhas feitas pelos participantes da Escola de Startups para Investigadores.

Esta iniciativa é uma colaboração entre a UPTEC e o Programa Doutoral de Química Sustentável da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), que acontece no âmbito do projeto INVENTHEI, um projeto da iniciativa HEI do EIT: Capacitação em Inovação para o Ensino Superior. O projeto europeu baseia-se nas práticas e infraestrutura existentes para melhorar os ecossistemas regionais de inovação e promover a investigação para a inovação.

 

A Escola de Startups para Investigadores juntou 38 estudantes da FCUP, FEUP, FFUP e UNL durante uma semana proporcionou aos participantes workshops sobre os temas mais relevantes para a criação de uma ideia de negócio.


School of Startups for Researchers: Applications Open

This online program aims to promote entrepreneurship skills that improve young entrepreneurs’ capacity to structure and implement their business ideas. In order to achieve that, during the program, the participants will meet CEOs from startups and established companies who will share their experience of being global entrepreneurs. The School of Startups for Researchers also includes mentoring moments with UPTEC experts and guest entrepreneurs.

 

During the programme, which includes 36 hours of sessions, the participants will be divided into groups so that they can develop a potential business project. After a pitch training, the participants will have the opportunity to present their solutions, in a face-to-face session.

 

This initiative is a collaboration between UPTEC and the Doctoral Programme in Sustainable Chemistry from the Faculty of Sciences of the U.Porto (FCUP).

 

Programme Topics

Ideation

Business Model

Intellectual Property

Structuring the Pitch

Presentation Skills

Pitch Training

Final Presentation

 

Schedule 

29/nov to 3/dec | 10am to 6pm | online
9/dec |  10am to 6pm | face-to-face final presentation

Only the students that attend 80% of the classes and deliver a course report will be able to receive the participation certificate.

 

Target audiences

Young graduates with innovative business projects that want to accelerate their market access. This programme is exclusive for Ph.D. students from the Faculty of Engineering of the University of Porto (FEUP) and from the Faculty of Pharmacy of the U.Porto (FFUP).

 

Fees

Free of charge

 

Language

Portuguese

 

Deadline of applications

24th of November

 

 

APPLY

 (only the best 10 applications will be selected)

 

 

This programme is an INVENTHEI initiative

INVENTHEI is a project from the EIT’s HEI Initiative: Innovation Capacity Building for Higher Education was launched by the European Institute of Innovation and Technology (EIT) and is led by EIT RawMaterials − one of the EIT’s Knowledge and Innovation Communities.


Arquitetos portugueses vencem prémio em Taiwan com “rede de coisas”

O estúdio de arquitectura FAHR 021.3, sediado no Porto, venceu um concurso internacional em Taiwan com uma intervenção chamada NAPPE. Filipa Frois Almeida e Hugo Reis conceberam uma estrutura em “rede de coisas”, “que define espaços para acontecimentos formais ou informais, reactivos e inesperados”, lê-se em comunicado.

 

A instalação, que irá ficar exposta como peça de arte pública permanente junto ao novo National Exhibition Center em Taipé, a capital de Taiwan, tem ainda um jogo de luzes e sensores “capazes de captar a vibração da cidade e alterar a experiência do dia para a noite”.

 

NAPPE é uma “malha metálica que questiona a fruição do espaço público num paralelo entre o real e o imaginário”, define Filipa Frois Almeida, e vai estar em exposição, sob a curadoria de Wu Huichen da empresa Artfield, a partir de 2018.

 

Esta não é a primeira vez que os jovens do FAHR 021.3 desenvolvem intervenções urbanas em forma de rede. Há dois anos, no início de 2015, a dupla de arquitectos projectou Metamorfose, uma intervenção para a ruína da Oliva, ao pé da Estação de São Bento, no Porto. A estrutura iluminada ganhou o terceiro lugar no concurso sul-coreano Happy LED life!.

 

 

Notícia publicada no Público


Wisecrop entra em Espanha

Fortalecer a exportação nos próximos anos é uma das apostas da Wisecrop, que está já a entrar em Espanha e “a testar a solução em mais de 10 países diferentes, entre os quais Brasil, Argentina e Reino Unido”, diz Tiago Sá, o CEO da startup.

 

A ideia – que foi finalista do Prémio Inovação NOS, o ano passado – surgiu do desenvolvimento de uma solução tecnológica, ainda na faculdade, que permitia a leitura de sensores e controlo remoto de diferentes equipamentos, conta Tiago Sá. Na altura, os fundadores perceberam que aquela tecnologia podia ser aplicada ao mercado e foi identificado o setor agrícola como tendo enorme potencial para a solução.

 

No final de 2014, levantaram a primeira ronda de investimento de capital de risco, que permitiu alavancar o projeto e, assim, nasceu a Wisecrop. Atualmente, são já 900 utilizadores, desde agricultores com menos de um hectare, até gestores agrícolas com centenas de hectares, passando por associações do setor.

 

A solução é uma plataforma digital e aplicação móvel de leitura de dados que permite aceder, em tempo real, não só às condições da exploração agrícola, mas também ao controlo remoto dos aparelhos eletrónicos necessários à atividade, como sistemas de rega.

 

O sistema permite aos agricultores tomar decisões diárias em relação à gestão técnica e operacional das explorações de forma a otimizar os métodos de produção. Conseguem, por exemplo, aumentar o rigor no controlo de mão-de-obra e performances dos operadores ou reduzir o número de deslocações à exploração para inspeção das condições edafoclimáticas. As vantagens são várias: desde poupanças de água e fertilizante, ganhos de rentabilidade, redução de aplicação de fitofármacos, etc.

 

A Wisecrop ajuda os agricultores em três frentes: primeiro, através da utilização dos sensores. O agricultor instala-os na exploração e acede aos seus dados online em tempo real. Sejam sensores meteorológicos, de solo, ou de planta que medem o diâmetro e humidade da folha. Segundo, o agricultor tem acesso a diferentes aplicações, cada uma orientada a um propósito específico da gestão da exploração: rega, fertilização, tratamentos fitossanitários e gestão de mão-de-obra. E, por último, tem acesso a serviços de terceiros, prestados por outras empresas do setor, como laboratórios de análises, previsão meteorológica e mapeamento aéreo por satélite ou drone.

 

Apontando para o futuro, o objetivo é muito claro, diz o gestor da Wisecrop: “Ser a referência como solução de gestão agrícola. Queremos ser o Microsoft Windows da agricultura”.

 

 

Notícia publicada no Dinheiro Vivo. 


AddVolt vai produzir energia para camiões em Espanha e Alemanha

A AddVolt, startup portuguesa que desenvolveu um dispositivo para produzir energia em camiões, vai entrar em 2017 em Espanha e Alemanha. Isto será possível depois de a startup incubada no UPTEC (Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto) ter recebido um investimento em fase seed (semente).

 

Em Espanha, a AddVolt já tem “contactos com transportadoras e distribuidores”, que vão começar a ser trabalhados. “Em abril arranca um projeto-piloto com uma transportadora, que vai testar a nossa tecnologia”, adianta Bruno Azevedo, CEO, em declarações ao Dinheiro Vivo. Na Alemanha, a startup já conta com um distribuidor. “A expetativa é ter, a partir de junho, a tecnologia a circular a bordo dos camiões.” Nestes países há cidades com fortes restrições ao nível das emissões de dióxido de carbono e do ruído, que têm levado à eletrificação dos transportes.

 

A AddVolt desenvolve o WeTruck, produto amigo do ambiente direcionado a empresas de logística e transporte de produtos e que produz energia a partir de painéis fotovoltaicos instalados no topo dos camiões e que recupera energia durante as travagens e desacelerações do veículo.

 

Nesta ronda de investimento participaram a Portugal Ventures, a empresa de investimento alemã Abacus alpha e o veículo de investimento alemão Momentum Holding. Para breve também está prevista a entrada no capital da associação europeia de promoção de investimento InnoEnergy e que investe habitualmente em startups. Estes investidores juntam-se à 2bpartner, que está no capital desde a fundação da startup, em junho de 2014.

 

Para o líder da Portugal Ventures, Celso Guedes de Carvalho, “o investimento da sociedade de capital de risco na AddVolt foi motivado pela sua tecnologia diferenciadora – já validada por um grande cliente nacional (a Luís Simões) – e pelo seu elevado potencial de aplicação internacional, numa altura em que a redução do uso de combustíveis fósseis e a aposta numa utilização eficiente dos recursos energéticos são determinantes”, segundo nota enviada às redações.

 

Não foi relevado o montante da operação mas sabe-se os quatro fundadores da empresa (Bruno Azevedo, Ricardo Soares, Miguel Sousa e Rodrigues Pires), adiantou ao Dinheiro Vivo o CEO, Bruno Azevedo. A AddVolt foi uma das 67 startups que representaram oficialmente Portugal durante a última Web Summit.

 

 

Notícia publicada em Dinheiro Vivo


Skate com três rodas que simula movimentos do surf

"Em média, apenas 33% das vezes é que o mar apresenta condições favoráveis à prática do surf", disse à Lusa um dos fundadores da "startup" (empresa em fase de desenvolvimento) Bio Boards, Ricardo Marques.

Embora a ideia tenha surgido há cerca de três anos, a Bio Boards enquanto empresa foi lançada em março de 2015 e apresentada durante o Pitch Day, evento promovido em fevereiro de 2016 pelo Parque para a Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), local onde está neste momento incubada.

 

A "startup" foi criada a partir das experiências de Ricardo Marques, que desenvolveu um sistema de skate com três rodas, cuja roda da frente gira em 360 graus.

 

Essa particularidade faz com que o movimento realizado pelo utilizador se assemelhe ao movimento que os surfistas exercem na prancha, denominado "pump", explicou o cofundador da empresa.

 

Em declarações à Lusa, Ricardo Marques indicou que sempre esteve ligado ao surf e ao skate e acrescentou que os primeiros passos para o projeto foram dados enquanto fazia Erasmus no Brasil, altura em que começou a pesquisar sobre alguns meios alternativos para pranchas de surf.

 

Os skates desenvolvidos pela equipa, feitos com cortiça reciclada, são "únicos, têm número de referência, são ecológicos e personalizados", explicou.

 

"A Bio Boards tem o compromisso e o desafio de produzir todos os 'skates', pranchas de surf e restantes produtos com o mínimo impacto ambiental", referiu o jovem, acrescentando que são utilizados "apenas materiais reciclados, recicláveis, reutilizáveis e biodegradáveis".

 

Para além dos "skates", a equipa desenvolve outros produtos relacionados com o mercado do surf, desde as "balance boards" - utilizadas para treino funcional -, passando pelas pranchas de surf, até à roupa feita com materiais recicláveis.

 

De forma a validar a semelhança entre os skates e a sensação de surf, a equipa conta com os relatos e experiências dos praticantes e com um estudo que estão a desenvolver em colaboração com o Laboratório de Biomecânica do Porto (LABIOMEP) e com a "startup" All in Surf, também apresentada durante o Pitch Day.

 

A All in Surf realiza análises biométricas do desempenho dos surfistas e, através da parceria com a Bio Boards, ambas as equipas conseguem "estabelecer um paralelismo entre as leituras do surf e as do skate", informou Ricardo Marques.

 

Os responsáveis pela "startup" pretendem patrocinar atletas jovens, "pessoas com as quais se identificam e que se identificam com o projeto", referiu ainda.

 

Segundo o jovem, "o objetivo não é a massificação do produto, mas sim uma produção sustentada", feita em Portugal, "mesmo correndo o risco de ter um custo maior na fabricação".

 

Em setembro deste ano a equipa vai realizar uma viagem, a EURO TOUR Bio Boards 2016, com o objetivo de dinamizar a marca a nível nacional e internacional e divulgar os seus produtos em locais estratégicos, bem como criar material fotográfico e de vídeo.

 

Neste momento a Bio Boards já está representada em alguns locais de referência na Internet e as vendas dos seus produtos são feitas através do seu sítio de Internet.

 

Do projeto fazem também parte Diogo Oliveira, Filipa Ferreira - responsável pela criação da roupa -, o fotógrafo Pedro Mendes e cerca de oito ilustradores.

 

 

Notícia publicada no Jornal de Notícias