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Skate com três rodas que simula movimentos do surf
"Em média, apenas 33% das vezes é que o mar apresenta condições favoráveis à prática do surf", disse à Lusa um dos fundadores da "startup" (empresa em fase de desenvolvimento) Bio Boards, Ricardo Marques.
Embora a ideia tenha surgido há cerca de três anos, a Bio Boards enquanto empresa foi lançada em março de 2015 e apresentada durante o Pitch Day, evento promovido em fevereiro de 2016 pelo Parque para a Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), local onde está neste momento incubada.
A "startup" foi criada a partir das experiências de Ricardo Marques, que desenvolveu um sistema de skate com três rodas, cuja roda da frente gira em 360 graus.
Essa particularidade faz com que o movimento realizado pelo utilizador se assemelhe ao movimento que os surfistas exercem na prancha, denominado "pump", explicou o cofundador da empresa.
Em declarações à Lusa, Ricardo Marques indicou que sempre esteve ligado ao surf e ao skate e acrescentou que os primeiros passos para o projeto foram dados enquanto fazia Erasmus no Brasil, altura em que começou a pesquisar sobre alguns meios alternativos para pranchas de surf.
Os skates desenvolvidos pela equipa, feitos com cortiça reciclada, são "únicos, têm número de referência, são ecológicos e personalizados", explicou.
"A Bio Boards tem o compromisso e o desafio de produzir todos os 'skates', pranchas de surf e restantes produtos com o mínimo impacto ambiental", referiu o jovem, acrescentando que são utilizados "apenas materiais reciclados, recicláveis, reutilizáveis e biodegradáveis".
Para além dos "skates", a equipa desenvolve outros produtos relacionados com o mercado do surf, desde as "balance boards" - utilizadas para treino funcional -, passando pelas pranchas de surf, até à roupa feita com materiais recicláveis.
De forma a validar a semelhança entre os skates e a sensação de surf, a equipa conta com os relatos e experiências dos praticantes e com um estudo que estão a desenvolver em colaboração com o Laboratório de Biomecânica do Porto (LABIOMEP) e com a "startup" All in Surf, também apresentada durante o Pitch Day.
A All in Surf realiza análises biométricas do desempenho dos surfistas e, através da parceria com a Bio Boards, ambas as equipas conseguem "estabelecer um paralelismo entre as leituras do surf e as do skate", informou Ricardo Marques.
Os responsáveis pela "startup" pretendem patrocinar atletas jovens, "pessoas com as quais se identificam e que se identificam com o projeto", referiu ainda.
Segundo o jovem, "o objetivo não é a massificação do produto, mas sim uma produção sustentada", feita em Portugal, "mesmo correndo o risco de ter um custo maior na fabricação".
Em setembro deste ano a equipa vai realizar uma viagem, a EURO TOUR Bio Boards 2016, com o objetivo de dinamizar a marca a nível nacional e internacional e divulgar os seus produtos em locais estratégicos, bem como criar material fotográfico e de vídeo.
Neste momento a Bio Boards já está representada em alguns locais de referência na Internet e as vendas dos seus produtos são feitas através do seu sítio de Internet.
Do projeto fazem também parte Diogo Oliveira, Filipa Ferreira - responsável pela criação da roupa -, o fotógrafo Pedro Mendes e cerca de oito ilustradores.
Notícia publicada no Jornal de Notícias.
Cama de cultivo ganha acesso a 50 mil euros
A Noocity Growbed, uma cama de cultivo com um sistema de auto-rega integrado , venceu o último Pitch Day da Escola de Startups do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC).
Uma solução que permite aos cidadãos urbanos cultivar alimentos, de forma sustentável, em plena cidade, venceu o último "Pitch Day" da Escola de Startups do UPTEC.
A Noocity terá agora direito a incubar a o seu negócio em regime "cowork" no UPTEC e acesso directo à ronda de investimento da Red Angels, com montantes até 50 mil euros.
A ideia de negócio vencedora chama-se Noocity Growbed e é uma cama de cultivo com um sistema de sub-irrigação (auto-rega) integrado. "Com uma autonomia de três semanas, diminui consideravelmente a evaporação, a frequência da rega e permite reter água das chuvas, ajudando ao consumo até 80% menos água que uma horta convencional e possibilitando quase o dobro da produtividade. Por ser modular, pode ser utilizada individualmente ou em conjunto, permitindo várias configurações de horta e adaptando-se a diferentes tipos de espaço", de acordo com a descrição elaborada por esta "startup".
A Noocity - Ecologia Urbana é uma "startup" luso-brasileira focada no desenvolvimento de equipamentos eficientes para a agricultura urbana, que trabalha no sentido de "oferecer alternativas aos cidadãos urbanos para que possam cultivar alimentos, de forma sustentável, em plena cidade".
Apresentar um total de 21 ideias de negócio em 180 segundos era o desafio de 30 empreendedores presentes no Pitch Day do UPTEC, tendo sido ainda atribuídas três menções honrosas: tecnológica, criativa e bio/mar.
Na área tecnológica, foi seleccionado o Quant-UX, um "software" para desenvolvimento de design de interface gráfica, que se diferencia porque combina três factores: design, testes e análise de dados.
Na categoria das criativas, o preferido foi o Iguaneye, "startup" que criou um novo conceito de calçado: uma dupla pele protectora que cobre todas as partes do pé, permitindo caminhar confortavelmente em qualquer lugar - como se andasse descalço.
Já na área bio/mar, o júri seleccionou o All in Surf, um sistema de aquisição de dados de navegação aquática aplicada ao surf que permite medir e avaliar comportamentos físicos e biomecânicos do atleta.
A Vodafone, uma das apoiantes desta iniciativa, seleccionou, também, dois projectos para integrarem o programa Vodafone Power Lab: a Quant-UX e a Zarco, uma app para ligar os turistas a uma rede de guias locais.
As candidaturas para a próxima edição da Escola de Startups do UPTEC (www.escoladestartups.org), programa de "mentoring" e formação de três meses que visa acelerar ideias de negócio, abrirão no próximo mês.
Notícia publicada em Jornal de Negócios.
Um tecido que guarda energia. E que ganha o prémio de startups do UPTEC
WeStoreONTEX, um projeto que pretende desenvolver tecidos capazes de armazenar energia, ganhou o concurso Pitch Day da Escola de Startups do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), que teve lugar ontem na Faculdade de Medicina do Porto.
Durante o pitch, os três mentores do projeto que tem vindo a ser trabalhado nos laboratórios do UPTEC mostraram um protótipo de tecido que permitiu manter em funcionamento sensores de temperatura e humidade e ainda um painel de LED.
A oitava edição do Pitch Day da Escola de Startups do UPTEC levou ao “palco” 17 startups, que tinham apresentar as respetivas ideias de negócio em 180 segundos. O WeStoreONTEX ganhou o direito à incubação do respetivo negócio no UPTEC, bem como a consultoria jurícia e um tablet Surface Pro, da Microsoft.
Além do projeto vencedor foram atribuídas três menções honrosas para as áreas criativas, tecnológica e biotecnologia. A produtora audiovisual Frame ganhou a menção honrosa dedicada para a área criativa com uma proposta de realização de vídeos institucionais em formato de ficção; na área das tecnologias, a menção honrosa foi atribuída à Oko, um agregador de fontes de notícias que apresenta previsões de sucesso; e por fim, na biotecnologia, foi a SurgeonMate distinguida por ter desenvolvido uns óculos que estão aptos a registar atos cirúrgicos.
De registar ainda que o Vodafone Power Lab selecionou dois projetos para incubação: uma plataforma que facilita a gestão de festas e que dá pelo nome de Night Out; e ainda ferramenta Vaiivem que pretende facilitar a comunicação entre professores e pais crianças.
Ao longo de oito edições, mais de 150 projetos de negócio e 450 passaram pelos quatro meses de formação da Escola de Startups do UPTEC.
No auditório da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que albergou a apresentação das ideias de negócio, compareceram mais de 350 pessoas. Mais de 50 dos espetadores seriam investidores, mas Clara Gonçalves, diretora-executiva do UPTEC, recorda que, na maioria dos casos, o objetivo principal «não é tanto angariar investimentos, mas beta testers, que possam experimentar as soluções do ponto de vista tecnológico e de negócio».
A diretora executiva do UPTEC considera que, de edição para edição da Escola de Startups, tem havido uma melhoria da qualidade e do posicionamento dos projetos face ao mercado. Pelo que a própria Escola de Startups também deverá vir a registar uma evolução nos tempos mais próximos: «Queremos ter uma dimensão maior, que passa por ter mais parceiros e chegar a mais áreas científicas e tecnológicas. Queremos apostar também em mais projetos que estejam mais próximos da fase de investigação e desenvolvimento e da produção de conhecimento. E outro dos objetivos passa por dar uma dimensão cada vez mais internacional à Escola de Startups».
Notícia publicada em Exame Informática.
UPTEC abre candidaturas para Escola de Startups
As candidaturas para a 10.ª edição da Escola de Startups do UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto já estão abertas. O programa de aceleração de ideias de negócio tem a duração de três meses e aborda temas como o modelo de negócio, mercado e estratégia, propriedade intelectual, finanças, financiamento e apresentação do pitch.
As equipas que frequentarem a escola têm a oportunidade de assistir a workshops fundamentais para a criação de um negócio, agendar reuniões com parceiros estratégicos e empreendedores seniores, receber acompanhamento individual dos mentores do UPTEC e ainda de apresentar o projeto num evento público.
Os projetos selecionados que estejam a desenvolver tecnologias na área das telecomunicações vão ter o apoio do Vodafone Power Lab, através da entrada gratuita na Escola de Startups (isenção do pagamento da inscrição) e acesso ao espaço de incubação da Operadora no UPTEC. Este programa de incentivo à inovação e empreendedorismo da Vodafone Portugal apoia a incubação, oferece mentoring e formação, entre outras condições que contribuem para o desenvolvimento de novas empresas.
Em comunicado, a UPTEC refere que nas primeiras nove edições da iniciativa, a Escola de Startups recebeu para cima de 400 participantes, acelerou quase 200 projetos empresariais e deu origem à criação de cerca de 60 startups.
A Escola de Startups do UPTEC tem um custo por projeto de 250 euros, acrescido de IVA.
Notícia publicada em Jornal Económico.
Há 15 novos inquilinos na escola de startup do UPTEC
Estão em fases diversas, mas andam à procura do mesmo, apoio para crescer, os quinze novos projectos admitidos na escola de startup do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, o UPTEC. Os novos inquilinos de vários espaços deste organismo da UP estão a desenvolver, ou já a produzir, skates de três rodas em cortiça reciclada, equipamentos para produção agrícola em ambiente urbano e soluções tecnológicas que permitem aproveitar a energia desperdiçada para alimentar equipamentos como sensores, e durante seis meses vão tentar ganhar músculo para resistirem às dificuldades dos primeiros tempos de qualquer jovem empresa.
Clara Gonçalves, directora-executiva do UPTEC, admite que, em cinco anos que esta estrutura leva de acolhimento, pré-incubação e incubação de novos projectos, cerca de 70%, de um total de mais de 120, ainda estejam vivos. O que não quer dizer que sobrevivam, dado que meia década é muito pouco em empresas deste tipo, dependentes não apenas da qualidade da inovação, mas também da capacidade de fazer o encontro entre o seu produto (bem ou serviço), e o mercado. Que raramente é nacional, apenas. A responsável pelo parque lembra que a literatura internacional sobre startup aponta para uma taxa de “sobrevivência” de dez por cento.
Isso não assusta os muitos candidatos a desenvolver uma ideia. Clara Gonçalves revela que a dada altura, a Uptec chegou a receber 120 candidaturas em três meses. Com este sistema de duas chamadas anuais, que oferece seis meses em ambiente de pré-incubação, têm sido escolhidos, em média, 23 projectos de cada vez. Desta feita o número foi reduzido para 15 para que cada elemento da equipa do parque – que vai perder um colaborador – possa acompanhar devidamente os projectos de que se torna tutor.
Este ano, estes terão de dar ajuda a projectos de vídeo-difusão; de estratégias transmedia para a promoção de artistas; aplicações para surf e agricultura; jogos sociais; reconstituição digital de património; engenharia e design e até lençóis biodegradáveis. Os jovens empresários ou candidatos a tal irão trabalhar na definição do modelo de negócio, identificação de clientes e mercados, melhoria de processos de design e desenvolvimento de produto, compreensão da propriedade intelectual, gestão de equipas, oportunidades de financiamento, aspectos legais e financeiras, vendas e comunicação dos seus projectos empresariais. E recebem apoio de empresas que já estão no UPTEC há algum tempo, e que já passaram pelos problemas que esta fase inicial levanta.
João Ventura, fundador da InanoE, acredita que essa partilha de experiências, que no seu caso acontecerá com a Healthy Road, pode ser muito útil, dado que a InanoE ainda nem sequer desenvolveu uma matriz de negócio. Este projecto, criado por cinco pessoas com formação na área da física, engenharia física e engenharia de materiais pretende desenvolver sistemas que aproveitam energia desperdiçada em electricidade capaz de sustentar o funcionamento, com autonomia, de vários produtos. Uma das suas apostas é a produção de sensores para monitorizar sistemas de abastecimento de água que possam funcionar, e enviar dados, com recurso à energia que o movimento da água produz nas canalizações.
Os seus mentores, os fundadores da Healthy Road, já percorreram uma parte da estrada, e podem ajudar a equipa de João Ventura no desenho do produto, em estratégias de contacto com o mercado e noutros aspectos iniciais a estes primeiros tempos de vida de um potencial negócio. A empresa que está instalada no UPTEC, na Asprela, está a testar e a vender o seu primeiro produto, o sistema Healthy Drive – que monitoriza o estado de saúde, a fadiga, a sonolência, de condutores – no Chile e no Brasil, para onde tem enviado, e continua a enviar equipas comerciais.
Ricardo Marques está noutra onda. A das pranchas de Surf ecológicas, para onde se está a virar, depois de ter começado um projecto de construção de skates em cortiça. A Bio Boards já vende, já alargou o negócio a roupas em materiais ecológicos, mas o seu fundador, que entretanto alargou a equipa a meia dúzia de pessoas, percebe que a rede de contactos e a partilha de experiências do UPTEC, lhe vai ser útil para encontrar um ponto de equilíbrio para o seu projecto. Que, como outros, pode vir a beneficiar, a seguir, de financiamento de capital de risco para fazer face às ondas que ainda terá de dominar, para não “morrer na praia”.
Notícia publicada no Público.
WeStoreOnTex. E se a t-shirt que tem vestida recarregasse a bateria do telemóvel?
Imagine que, durante a corrida matinal, o seu smartphone fica sem bateria e deixa de poder ouvir a música que lhe marca o ritmo ou utilizar a app que monitoriza o seu exercício físico. E se o tecido da t-shirt que tem vestida fosse capaz de recarregar a bateria do seu telemóvel? É o que acontece quando se junta química, física, nanotecnologia e têxteis (ao empreendedorismo e gestão) numa tecnologia que chega do Norte, tradicionalmente ligado à indústria têxtil, e que permite o armazenamento de energia para alimentar dispositivos eletrónicos e sensores integrados na roupa.
Clara Pereira, 36 anos, André Pereira, 38, e Rui Costa, 26, estão por detrás da criação destes têxteis funcionais inteligentes que estão a ser desenvolvidos na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP). A WeStoreOnTex venceu, na semana passada, entre 17 projetos a concurso, o Pitch Day da Escola de Startups, iniciativa promovida pelo Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC).
É mesmo como uma bateria. É a mesma coisa que termos um telemóvel em cima da nossa roupa. Esse tecido seria capaz de alimentar esse telemóvel”, explica André Pereira, ao Observador.
O projeto começou há dois anos e meio, quando os investigadores começaram a estudar como seria possível modificar um tecido para conseguir armazenar energia. No ano seguinte, Rui Costa iniciou a tese de mestrado e integrou a equipa, numa altura em que conseguiram começar a fabricar estes dispositivos que armazenam energia no próprio têxtil. Neste momento, estão a ser trabalhados no setor do desporto, atividade física e bem-estar. Estima-se que, em 2020, este mercado atingirá os 1.500 milhões de euros em vendas, representando 17% do mercado global dos têxteis eletrónicos.
"Atualmente, os sensores de monitorização do ritmo cardíaco, que são integrados nas próprias peças de vestuário, ainda são alimentados por pilhas e baterias. As baterias têm problemas como a rigidez e demoram muito tempo a carregar. Um desportista que tem os timings todos contados para começar a sua atividade física não tem tempo para esperar que os dispositivos integrados no têxtil carreguem”, explica Clara Pereira.
O desafio passava, assim, por apresentar uma solução de armazenamento de energia em têxtil mais confortável, flexível, duradoura, segura e com maior rapidez de carregamento. Para isso, os três investigadores conseguiram substituir as pilhas por baterias no próprio tecido, sem dispositivos plásticos e fios para fazer contactos com os sensores e sem haver um “bloco rígido” na peça de vestuário, tornando-a “flexível e confortável” para o utilizador.
Ao mesmo tempo, os investigadores dispensaram o uso de lítio, presente na maioria das baterias, reduzindo o risco de ignição (estamos fartos de baterias que explodem, não é?)
"É como se fosse uma bateria normal mas não tem a tecnologia da bateria. Tem muito mais benefícios: o carregamento é mais rápido, o tecido é mais flexível e tem uma longevidade maior, ou seja, não fica viciada como as tradicionais baterias”, explica André Pereira.
A duração da bateria ronda, neste momento, os 30 a 40 minutos, “dependendo do tipo de energia que é necessária”, nota o investigador. Mas, adianta, está já a ser estudado o aumento do tempo de duração da bateria, que “dentro de algum tempo poderá aguentar horas”.
Neste momento, a WeStoreOnTex ainda não está formalmente constituída como empresa, mas tem estabelecido contactos com empresas de comercialização de têxteis (t-shirts e braçadeiras, por exemplo) e acessórios de monitorização de batimento cardíaco e respiração que poderão integrar a tecnologia desenvolvida pelos investigadores.
"Estamos em contacto com outras empresas da área têxtil e de acessórios para fazer a validação final do nosso produto para depois poder pensar em lançar a empresa. Estamos a tentar usar os processos que são utilizados na indústria têxtil para poder fabricar estes dispositivos. Neste momento, não podemos estar a produzir um têxtil de uma forma que só possa ser feita num laboratório. Temos de nos adaptar às condições que existem na indústria têxtil”, nota Clara.
Estão, neste momento, a colaborar com o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE) para perceber o tipo de equipamento e a forma como podem modificar o tecido, de acordo com o que a indústria têxtil permite.
André acredita que, numa primeira fase, a tecnologia será integrada em “produtos de exclusividade”, para praticantes de desporto do mais alto nível. Mas posteriormente, “dependendo da aceitação”, poderá ficar acessível ao cidadão comum. “O processo é sempre assim. Primeiro, a exclusividade a alto preço, depois começa a baixar (como nos telemóveis), até que daqui a 5, 6 anos, poderá estar acessível a todas as pessoas”, considera.
O projeto é financiado pelos laboratórios da FCUP, onde a tecnologia está a ser desenvolvida. A procura de financiamento está a ser uma das dificuldades apontadas pelos investigadores.
"Ainda se pensa que a investigação se faz de uma forma gratuita. E isso não acontece. Neste tipo de projetos tecnológicos é preciso um grande investimento na matéria-prima que é utilizada para a produção destes dispositivos”, nota Clara.
Enquanto vencedora da oitava edição da Escola de Startups, a WeStoreOnTex será incubada no UPTEC. Com este projeto, a equipa conquistou ainda o terceiro lugar na edição de 2016 do iUP25k – Concurso de Ideias de Negócio da Universidade do Porto no início de junho. Durante o mesmo concurso, receberam o Prémio Best Energy Business, no valor de dois mil euros, patrocinado pela KIC InnoEnergy (empresa europeia focada na educação, inovação e criação de negócios na área da energia sustentável), no âmbito das melhores ideias nas áreas das Tecnologias da Informação e da Energia.
Para 2017, o grande objetivo dos três investigadores passa por conseguir colocar o produto no mercado. “As empresas da área têxtil e investidores têm sentido que os wearable e as tecnologias integradas no vestuário têm potencial para chegar ao mercado, pelo próprio contexto do nosso país, em que a área têxtil é muito importante”, nota Clara.
Notícia publicada no Observador.